"Eu não quero afrontar ninguém, não quero causar constrangimento, se for necessário em nem desço no intervalo, eu só quero estudar", afirmou Geisy, que admitiu que poderá pedir a transferência do curso para outra universidade. "Pela minha segurança, eu pretendo escolher outra faculdade. Por medo", disse.
Hoje, os advogados de Geisy afirmaram que irão entrar com um pedido à Justiça para que ela possa concluir o semestre na universidade. Além disso, o caso será investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), que instaurou um inquérito para investigar o ocorrido.
A Uniban publicou anúncio em jornais de São Paulo deste domingo (8) em que afirma ter decidido expulsar a aluna. Ela afirmou ter sido comunicada pela imprensa.
Medo
Geisy afirmou sentir medo de sofrer novas agressões, e disse ainda já ter sido hostilizada nas ruas após o vídeo com o tumulto ser divulgado na internet.
"Eu saio nas ruas e algumas pessoas me apoiam, mas outras falam 'olha lá, aquela...' e completam com aquilo que me chamaram. As pessoas me ofendem e nem me conhecem", afirmou.
Ao justificar a expulsão, a Uniban afirmou que a aluna já havia sido advertida anteriormente sobre o modo que se vestia, o que a estudante nega. "Nunca, de forma alguma. Se tivesse sido advertida, teria indo embora na hora", disse.
Segundo a universitária, ela sempre se vestiu com roupas curtas, mas nunca havia enfrentado problemas como estes. "O problema não é a roupa, são os alunos. Quando isso aconteceu, eu fiquei 40 minutos no ônibus [no caminho para a universidade] e ninguém tentou passar a mão em mim."
Apesar de temer ser hostilizada novamente, a estudante disse que não mudará a maneira como se veste. "Eu não vou mudar o jeito que eu sou. Eu respeito todo mundo e exijo ser respeitada. Nenhuma mulher merece passar por uma coisa dessas", disse.
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